ZELENSKY DEFENDE FIM DA GUERRA COM A RÚSSIA E AFIRMA QUE NEGOCIARIA PESSOALMENTE COM PUTIN
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse ser favorável ao fim da guerra com a Rússia e afirmou também que está disposto a seguir um caminho diplomático e dialogar com o presidente russo, em busca de finalizar o conflito entre os dois países.

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Presidente ucraniano disse que conversaria com Putin caso esta fosse a única alternativa para finalizar a guerra
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse ser favorável ao fim da guerra com a Rússia e afirmou também que está disposto a seguir um caminho diplomático e dialogar com o presidente russo, em busca de finalizar o conflito entre os dois países.
Essa declaração ocorreu durante uma entrevista concedida por, Zelensky, ao jornalista britânico Piers Morgan, em seu programa transmitido nessa terça-feira, 4.
A invasão da Ucrânia pela Rússia, que começou em 24 de fevereiro de 2022, marcou o início de um conflito devastador que afetou não apenas os dois países, mas também teve repercussões globais. A Rússia, sob a liderança de Vladimir Putin, iniciou uma ofensiva militar, alegando a necessidade de “desnazificar” a Ucrânia e proteger as populações de língua russa no leste do país. No entanto, a comunidade internacional, especialmente o Ocidente, condenou a invasão como uma violação flagrante do direito internacional e da soberania ucraniana.
Desde o início da guerra, Zelensky se posicionou como uma figura central na resistência ucraniana, buscando apoio militar e econômico de países ocidentais. Ele também tem reiterado seu desejo de que a guerra chegue ao fim por meio de negociações, embora tenha deixado claro que a Ucrânia não fará concessões territoriais.
O líder ucraniano defendeu uma conversa direta com o presidente russo, Vladimir Putin, mas salientou que, se isso acontecer, será necessária a presença da liderança de outros países.
Zelensky disse que sentaria em uma mesa de negociações com Putin, especialmente se esse fosse o único cenário existente para findar a guerra. No entanto, ele tem sido cauteloso quanto à possibilidade de negociar com Putin, especialmente após as alegações de crimes de guerra cometidos pelas forças russas em território ucraniano.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de tréguas nas sanções, o presidente ucraniano afirmou que esse tipo de atitude poderia aumentar ainda mais o risco de novas invasões russas e lembrou que o Kremlin avançou em territórios do leste da Ucrânia.
A invasão russa levou a uma série de sanções econômicas severas contra a Rússia, visando enfraquecer sua economia e sua capacidade de continuar a agressão militar. Além disso, a Rússia tem se visto isolada no cenário internacional, com muitos países suspendendo relações diplomáticas ou adotando medidas punitivas.
Desde o início dos conflitos, Vladimir Putin rejeitou Zelensky na participação de negociações, embora tenha havido algumas tentativas de diálogos temporários, especialmente durante os primeiros meses da guerra. No entanto, a falta de resultados concretos e os interesses divergentes das partes tornaram as negociações infrutíferas.
Já o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, afirmou que Zelensky não tem legitimidade para seguir na presidência da Ucrânia porque permanece além do tempo em seu mandato.
A Rússia tem questionado a legitimidade de Zelensky desde o início da guerra, argumentando que ele é um “presidente ilegítimo” devido à situação política interna na Ucrânia. A Rússia também procurou minar a autoridade de Zelensky, alegando que ele era um “fantoque” do Ocidente, principalmente dos Estados Unidos e da União Europeia.
Apesar das declarações do líder ucraniano, a guerra no leste europeu segue sem perspectivas de terminar.
A guerra continua a devastar a Ucrânia, com milhões de refugiados buscando abrigo em outros países e uma crescente crise humanitária no território ucraniano. A resistência ucraniana, no entanto, continua forte, e a comunidade internacional permanece firme no apoio à Ucrânia, enviando ajuda militar e financeira. Embora a diplomacia continue a ser explorada como uma solução, as tensões permanecem altas, e a perspectiva de uma resolução rápida ainda parece distante.
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