ITÁLIA ENDURECE REGRAS PARA CIDADANIA POR DESCENDÊNCIA
A Itália anunciou nesta sexta-feira (28) uma reforma na lei que concede cidadania por direito de sangue. Agora, apenas filhos e netos de cidadãos nascidos no país poderão ter direito ao benefício. A nova regra impõe um limite geracional aos pedidos, excluindo quem tem bisavós ou parentes distantes.

A reforma inclui também o aumento dos custos para ter o direito a cidadania

A Itália anunciou nesta sexta-feira (28) uma reforma na lei que concede cidadania por direito de sangue. Agora, apenas filhos e netos de cidadãos nascidos no país poderão ter direito ao benefício. A nova regra impõe um limite geracional aos pedidos, excluindo quem tem bisavós ou parentes distantes.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, apoiou a nova medida, afirmando que ser cidadão italiano é algo sério. “A concessão da cidadania não pode ser automática para quem tem um ascendente que emigrou há séculos, sem qualquer ligação cultural ou linguística com o país”, declarou.
A finalidade, conforme o governo italiano, é coibir os abusos, especialmente, em relação aos milhares de pedidos que chegam da América do Sul e exploram uma lei já considerada ultrapassada.
Além dessa medida, a reforma inclui o aumento dos custos para ter o direito a cidadania. “A proposta é chegar aos 700 euros, os municípios e o Estado estão sobrecarregados com este trabalho [de emissão de cidadania], principalmente, os pequenos municípios”, disse Tajani.
O consulado da Itália afirmou, em comunicado, que a implementação ocorrerá em duas fases. Algumas normas, como a restrição geracional, entrarão em vigor imediatamente, enquanto uma reforma orgânica de requisitos substanciais e procedimentos relacionados à cidadania será implementada posteriormente. Por conta das novas regras, os agendamentos já estão suspensos.
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