ALTA DA SELIC E DO DÓLAR IMPACTA NO RESULTADO DA B3

O dólar segue em alta e os contínuos aumentos da taxa Selic, que há muito tempo está nos dois dígitos, incluindo um recente reajuste para 14,25%, são fatores que desvalorizam o preço de parte das ações cotadas na B3 e desanimam a permanência de investidores brasileiros e internacionais na renda variável brasileira.

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24/03/2025 ◦ Por: Segismar Júnior




Muitos investidores estão migrando para a renda fixa

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Reprodução/ Infoinvest

O dólar segue em alta e os contínuos aumentos da taxa Selic, que há muito tempo está nos dois dígitos, incluindo um recente reajuste para 14,25%, são fatores que desvalorizam o preço de parte das ações cotadas na B3 e desanimam a permanência de investidores brasileiros e internacionais na renda variável brasileira.

Quando a taxa de juros está em alta, muitos investidores passam a apostar em títulos de renda fixa, como o Tesouro Direto, onde o risco é baixo e a rentabilidade é atraente.

Segundo especialistas, esse cenário gera o rentismo, ou seja, a preferência por investimentos em títulos públicos em vez de apostas em ações, o que acaba desestimulando o crescimento econômico.

No fechamento da última semana, o Ibovespa registrou uma queda de 0,42%, fechando a 131.955 pontos, um número que pode sofrer alterações ao longo de hoje.

Apesar disso, o último boletim emitido pela B3 indicou uma alta de 2,3% no Ibovespa na semana passada, e em março, o índice registra um acúmulo de 7,46%, mostrando que, mesmo com a queda de várias ações, a média geral da bolsa continua positiva.

Segundo a XP Investimentos, a alta nos juros afeta principalmente as ações de empresas do segmento de transporte e comércio.

O mesmo relatório aponta que, das 87 ações que compõem o Ibovespa, 61 registraram queda no último pregão.

As empresas consideradas como principais players da bolsa brasileira são aquelas posicionadas nos seguintes setores: bens de capital, indústria de óleo, gás, petroquímicos, papel e celulose.

Apesar da alta do dólar e da Selic beirando os 15%, a estimativa é que o crescimento médio dos lucros dessas companhias seja de 1,5%.

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