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BRASIL CONDENA TARIFAS ARBITRÁRIAS NA OMC E COBRA REFORMA DO SISTEMA GLOBAL DE COMÉRCIO

Sem citar Trump, embaixador Philip Gough critica uso político de tarifas e alerta para riscos à estabilidade econômica mundial. Declaração teve apoio de mais de 40 países.

Fachada-OMC
📷: Reprodução / Internet

Em discurso apresentado na Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta quarta-feira (23), o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, embaixador Philip Gough, condenou as tarifas “arbitrárias”, anunciadas e “implementadas de forma caótica”. O representante brasileiro, no entanto, não citou nominalmente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O embaixador também alertou para os riscos à estabilidade econômica global. As declarações de Gough receberam o apoio de cerca de 40 países, incluindo membros do Brics, da União Europeia e do Canadá.

Em sua fala, o secretário afirmou que medidas comerciais estão sendo utilizadas como instrumento de pressão política. “Estamos testemunhando agora uma mudança extremamente perigosa em direção ao uso de tarifas como uma ferramenta na tentativa de interferir nos assuntos internos de terceiros países”, declarou.

Gough defendeu ainda uma reforma estrutural da OMC, com o objetivo de restaurar seu papel como foro legítimo para a solução de controvérsias e a defesa das economias em desenvolvimento.

Por fim, afirmou que, caso as negociações com a capital estadunidense não avancem, o Brasil terá que recorrer “a todos os meios legais disponíveis para defender nossa economia e nosso povo”, incluindo, se necessário, o próprio sistema de resolução de controvérsias.

Embora não tenha sido citada nominalmente, a delegação dos Estados Unidos respondeu às críticas. Sem mencionar o Brasil ou a disputa comercial em curso, os representantes afirmaram estar preocupados com o fato de “trabalhadores e empresas norte-americanas serem forçados a competir em condições desiguais com países que não seguem as regras e compromissos assumidos ao ingressarem nesta instituição”.

A nove dias da data prevista para a implementação do “tarifaço” anunciado por Trump no último dia 9, o governo brasileiro reforça que não pretende sair da mesa de negociações.

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