COMENTARISTA DA GLOBONEWS CRITICA MORAES POR NEGAR EXTRADIÇÃO DE ACUSADO POR TRÁFICO À ESPANHA
Para o jornalista e integrante do time de comentaristas da GloboNews, Merval Pereira, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de negar ao Judiciário da Espanha a extradição de um cidadão da Bulgária que cometeu crimes no país é “inacreditável”.

A decisão do magistrado foi tomada depois da recusa do país espanhol em enviar ao Brasil o blogueiro Oswaldo Eustáquio, investigado por supostos atos golpistas

Para o jornalista e integrante do time de comentaristas da GloboNews, Merval Pereira, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de negar ao Judiciário da Espanha a extradição de um cidadão da Bulgária que cometeu crimes no país é “inacreditável”.
A decisão do magistrado foi tomada depois da recusa do país espanhol em enviar ao Brasil o blogueiro Oswaldo Eustáquio, investigado por supostos atos golpistas.
“Acho inacreditável que um búlgaro que foi apanhado com 52 malas de cocaína seja liberado porque o Alexandre de Moraes quer trazer de volta um bolsonarista que está lá fazendo campanha. É um absurdo, uma troca sem sentido nenhum”, declarou o jornalista durante participação no Estúdio i, desta quarta-feira (16).
“E o fato de a Espanha ter dito que lá esses crimes não são crimes também é um sinal de alerta. Não estamos sendo exagerados demais nesse combate ao uso das redes sociais no sentido político? A gente não está misturando liberdade de expressão com crime? A gente precisa pensar um pouco nisso”, continuou o comentarista.
Moraes decidiu interromper o processo de extradição do búlgaro na última terça-feira (15). Na decisão, o magistrado justificou a interrupção pelo descumprimento do “requisito de reciprocidade” por parte da Espanha no tratado de extradição que mantém com o Brasil, ao negar o envio do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio.
O caso interrompido por Moraes é o do búlgaro Vasil Gergiev Vasilev, que, em outubro de 2022, transportou, segundo a Interpol, 52 quilos de cocaína por Barcelona, em malas que deveriam ser entregues a outro investigado, preso no dia seguinte.
Já a Espanha alega que, para justificar uma extradição, é necessário haver dupla incidência criminal nas acusações — ou seja, o crime precisa estar tipificado tanto na legislação brasileira quanto na espanhola.
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