CPMI DO INSS: OPOSIÇÃO MIRA IRMÃO DE LULA, LUPI E EX-MINISTROS
A oposição ao governo Lula começou a intensificar a pressão dentro da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. Nesta semana, deputados e senadores iniciam a análise e votação de mais de 800 requerimentos apresentados, que incluem convocações de autoridades, quebras de sigilo e pedidos de informações a diversos órgãos.

Nesta terça-feira (26), a comissão vota os primeiros pedidos para ouvir servidores da CGU, PF e INSS

A oposição ao governo Lula começou a intensificar a pressão dentro da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. Nesta semana, deputados e senadores iniciam a análise e votação de mais de 800 requerimentos apresentados, que incluem convocações de autoridades, quebras de sigilo e pedidos de informações a diversos órgãos.
Um dos principais alvos é José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula e dirigente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi). A entidade é apontada como um dos núcleos envolvidos no esquema de fraudes previdenciárias sob investigação. Já foram protocolados ao menos oito requerimentos contra Frei Chico, seis deles pedindo sua convocação obrigatória, incluindo um apresentado pelo relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).
Outro nome recorrente é Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Sócio de 22 empresas, ele é suspeito de usar parte delas para movimentar o esquema e aparece em pelo menos 12 pedidos de convocação.
Entre as autoridades políticas, o mais citado é Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência, que deixou o cargo após a revelação das fraudes. Ele é alvo de 15 requerimentos, 11 de convocação e quatro de quebra de sigilo, e deve ser um dos primeiros nomes a ser votado pelo colegiado.
Também estão na lista os ex-ministros Carlos Eduardo Gabas e José Carlos Oliveira, além de dez ex-presidentes do INSS e do ex-secretário de Previdência Marcelo Abi-Ramia Caetano. Representantes da Polícia Federal, da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Defensoria Pública da União também devem ser chamados a depor.
Na terça-feira (26), o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), incluiu na pauta 35 requerimentos, dos quais 18 são pedidos de convocação. A primeira rodada de votações será um teste de força entre oposição e governo dentro da comissão, que já tem relatoria e presidência alinhadas ao campo oposicionista.