CRISE NA CBF: EDNALDO RODRIGUES ACIONA STF E FEDERAÇÕES DEFENDEM NOVA GESTÃO

O afastamento de Ednaldo Rodrigues, da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi determinado nesta quinta-feira, 15 de maio, pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

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16/05/2025 ◦ Por: Andréia Nikely




Esse foi o segundo afastamento de Ednaldo Rodrigues desde que assumiu a presidência da CBF em 2021

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📷: Reprodução / Internet

O afastamento de Ednaldo Rodrigues, da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi determinado nesta quinta-feira, 15 de maio, pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Em sua decisão, o magistrado escreveu: “Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela corte superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, Antônio Carlos de Nunes, conhecido por Coronel Nunes.”

Após receber a notícia de seu afastamento, em Assunção, no Paraguai, onde participava de um congresso da Fifa, Ednaldo Rodrigues pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a decisão seja anulada. O pedido foi feito na ação que julga a legitimidade do Ministério Público de celebrar acordos com entidades esportivas.

Além disso, a defesa de Ednaldo pede ao STF que, caso o pedido de nulidade da decisão proferida pelo TJ-Rio não seja aceito, o estatuto da CBF — que prevê que o vice-presidente mais idoso assuma o poder em caso de vacância da presidência — seja respeitado. Segundo o documento, Hélio Menezes assumiria o posto, que, após a decisão do desembargador, ficou a cargo de Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da confederação, que também foi nomeado interventor e deve convocar novas eleições o mais rápido possível.

Esse foi o segundo afastamento de Ednaldo Rodrigues desde que assumiu a presidência da CBF em 2021. Na primeira vez em que foi afastado, em dezembro de 2023, o presidente recorreu ao STF e voltou ao cargo após um mês.

Nos últimos dias, dois pedidos foram feitos ao Supremo para a saída de Ednaldo do cargo. O argumento da deputada Daniela do Waguinho, do União Brasil, do Rio, e do próprio, agora interventor, Fernando Sarney, era de que foi falsificada a assinatura do Coronel Nunes, ex-presidente da entidade, em acordo do início deste ano. Há também um laudo pericial indicando que a assinatura não é verdadeira.

Foi esse acordo, assinado por cinco dirigentes, que deu fim à ação que questionava o processo eleitoral da CBF e, na prática, permitiu o pleito que, em março, manteve Ednaldo na presidência.

Após o anúncio do afastamento, 19 das 27 federações de futebol assinaram um manifesto em que defendem (abre aspas) “virar a atual página de judicialização e da instabilidade que há mais de uma década compromete o bom funcionamento da entidade” (fecha aspas).

No documento, os dirigentes assumem o compromisso de lançar uma chapa à presidência e às vice-presidências que seja comprometida com um novo ciclo para o futebol brasileiro: mais democrático, mais integrado e mais aberto à participação de todos.

 

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