ELEVAÇÃO DA SELIC ALCANÇA PATAMAR ECONÔMICO DA ÉPOCA DA EX-PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF

Em uma reunião realizada na tarde desta quarta-feira, 19, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros (Selic) de 13,25% para 14,25%. Este é o quinto aumento consecutivo da taxa, que agora alcança o maior nível desde a crise econômica que afetou o Brasil entre 2015 e 2016, durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.

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20/03/2025 ◦ Por: Segismar Júnior




Indicado de Lula na presidência do BC não consegue conter alta da Selic

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Foto: UOL

Em uma reunião realizada na tarde desta quarta-feira, 19, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros (Selic) de 13,25% para 14,25%. Este é o quinto aumento consecutivo da taxa, que agora alcança o maior nível desde a crise econômica que afetou o Brasil entre 2015 e 2016, durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.

O principal objetivo da medida é combater a inflação persistente, que tem pressionado a economia brasileira. Além disso, fatores como os altos gastos públicos e a valorização do dólar em relação ao real têm agravado o cenário econômico. O Banco Central, por meio de uma nota oficial, já sinalizou que a Selic pode alcançar 15% até o final do ano, caso as condições econômicas continuem exigindo uma ação mais rigorosa.

De acordo com especialistas, a alta dos juros deve impactar de forma mais contundente setores como propriedades comerciais, agronegócio e transporte, que costumam ser mais sensíveis às elevações nas taxas de financiamento. A alta da Selic, além de onerar o crédito, é um indicativo de redução dos investimentos, o que pode restringir o crescimento da economia no curto prazo.

O aumento da Selic ocorre em meio à nova gestão do Banco Central, agora sob o comando do economista Gabriel Galípolo, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o mandato de Roberto Campos Neto, ex-presidente da instituição e indicado pelo governo de Jair Bolsonaro, o governo Lula criticou frequentemente a política monetária adotada, alegando que os juros elevados estavam prejudicando o crescimento econômico.

**Expectativas e desafios**

O Copom também afirmou que, na próxima reunião de maio, a taxa de juros poderá sofrer novo reajuste, com a possibilidade de atingir os 15%. Em um contexto de inflação elevada e pressão sobre o câmbio, as expectativas são de que a alta dos juros continue sendo uma ferramenta chave para o Banco Central no controle da economia brasileira.

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