FALTA DE SANEAMENTO PROVOCOU MAIS DE 340 MIL INTERNAÇÕES
Crianças e idosos se destacam como os grupos mais vulneráveis, apresentando quadros graves que frequentemente exigem hospitalização

Crianças e idosos se destacam como os grupos mais vulneráveis, apresentando quadros graves que frequentemente exigem hospitalização

De acordo com dados da pesquisa do Instituto Trata Brasil, divulgada nesta quarta-feira, 19, o Brasil registrou mais de 344 mil internações por doenças ligadas ao saneamento ambiental inadequado em 2024. Mesmo com o número alarmante, desde 2008, os registros têm caído, em média, 3,6% ao ano.
Dessas, 168,7 mil estão relacionadas a alguma infecção transmitida por um inseto-vetor, principalmente a dengue. Em segundo lugar, aparecem as doenças de transmissão feco-oral, transmitidas peles fezes de uma pessoa contaminada, como as gastroenterites causadas por vírus, bactérias ou parasitas, com 163,8 mil registros.
Em 2024, a porcentagem de internações entre pessoas pretas ou pardas foi de 64,8%, representando uma parcela significativa do total. Crianças e idosos se destacam como os grupos mais vulneráveis, apresentando quadros graves que frequentemente exigem hospitalização. Cerca de 70 mil das pessoas internadas no ano passado eram crianças de até 4 anos, o que corresponde a 20% do total. Nesta faixa etária, a taxa de internação foi de 53,7 por dez mil habitantes, três vezes superior à média observada em outras idades. Por outro lado, entre os indivíduos com mais de 60 anos, a taxa de internação foi de 23,6 por dez mil pessoas, com cerca de 80 mil internações, o que representa 23,5% do total registrado. Os dados revelaram que foram registradas 11.544 óbitos por doenças relacionadas ao saneamento ambiental.
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