GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS SUSPENDE UNIVERSIDADE DE HARVARD DE ADMITIR ESTUDANTES ESTRANGEIROS

Um quarto dos estudantes de Harvard são estrangeiros

O governo do presidente Donald Trump retirou a certificação do programa que permitia a entrada de estudantes estrangeiros na Universidade de Harvard, uma das instituições de ensino superior mais prestigiadas do mundo. A medida foi oficializada por meio de uma carta assinada por Kristi Noem, secretária de Segurança Interna, enviada diretamente ao reitor da universidade.

A decisão revoga, com efeito imediato, o Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio, sistema responsável por autorizar a presença de estrangeiros em cursos acadêmicos nos Estados Unidos. Em Harvard, cerca de 6.800 estudantes estrangeiros participaram de algum tipo de formação no último ano letivo — o que representa aproximadamente 25% do corpo discente da universidade.

Segundo o governo Trump, a decisão foi tomada em resposta a ações da universidade consideradas contrárias às diretrizes federais. A secretária Kristi Noem declarou que Harvard teria incentivado “violência, antissemitismo e uma suposta aliança com o Partido Comunista Chinês”. A declaração incluiu ainda um alerta direto às demais instituições de ensino superior, interpretado como um tom de ameaça: “Que sirva de exemplo”.

Nos bastidores, a medida também é vista como uma retaliação à postura crítica de parte significativa da comunidade acadêmica. Nos últimos meses, protestos pró-Palestina organizados em diversos campi, incluindo Harvard, provocaram o endurecimento do discurso do ex-presidente contra as universidades.

Além da suspensão do programa para estrangeiros, Trump anunciou um corte de US$ 450 milhões em subsídios federais destinados ao setor. O valor se soma a outros US$ 2,2 bilhões já anunciados anteriormente como parte do novo pacote de austeridade voltado à educação superior.

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