GREVE NA RECEITA PODE ATRASAR RESTITUIÇÃO DO IR

A greve dos auditores fiscais da Receita Federal, que já dura mais de cem dias, tem causado diversos transtornos no funcionamento das atividades fiscais do país

A greve dos auditores fiscais da Receita Federal, que já dura mais de cem dias, tem causado diversos transtornos no funcionamento das atividades fiscais do país. A paralisação tem dificultado a entrada e saída de mercadorias, interrompido julgamentos de processos de sonegação fiscal e gerado falhas no lançamento do programa de declaração do Imposto de Renda (IR) deste ano.

O Sindifisco (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal) prevê que os atrasos podem se estender, afetando também o processamento das restituições, com consequente adiamento nos pagamentos aos contribuintes. “Se a greve continuar por um período mais longo, haverá ainda mais atraso no pagamento das restituições do Imposto de Renda, já que as declarações retidas na malha fina levarão mais tempo para serem analisadas”, alertou Dão Pereira dos Santos, presidente do Sindifisco.

Os impactos já são visíveis para os contribuintes. Segundo o sindicato, foi a greve que causou o atraso na disponibilização da declaração pré-preenchida, que só ficou disponível em 1º de abril, mesmo com o envio das declarações tendo começado em 17 de março. Além disso, não foi produzida, neste ano, a tradicional cartilha com perguntas e respostas que orienta os contribuintes e tira as principais dúvidas sobre o preenchimento da declaração, material que é divulgado anualmente.

A resolução do impasse da greve está atrelada a uma negociação salarial entre os auditores fiscais e o Ministério da Fazenda, com a recusa do governo federal ao reajuste solicitado pelos profissionais.

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