HANSENÍASE: CONHEÇA OS SINTOMAS E FORMAS DE TRATAMENTO DA DOENÇA
Doença atinge a pele e os nervos periféricos

Doença atinge a pele e os nervos periféricos
A hanseníase, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, afeta a pele e os nervos periféricos, podendo acometer pessoas de qualquer idade ou gênero. A doença é transmitida por meio de gotículas de saliva liberadas durante a fala, tosse ou espirro, especialmente em contatos próximos e frequentes com indivíduos em estágios avançados que ainda não iniciaram o tratamento.
Atualmente, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking global de novos casos de hanseníase. Apesar disso, o Ministério da Saúde reforça que o contágio ocorre apenas após longos períodos de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela dos infectados desenvolve a doença.
Principais sintomas da hanseníase
Os sintomas variam, mas é importante estar atento a:
- Manchas brancas, vermelhas, marrons ou acastanhadas na pele
- Alteração na sensibilidade ao tato, dor, frio ou calor
- Dormência, formigamento, fisgadas ou sensação de agulhadas
- Inchaço nas mãos e nos pés
- Diminuição da força muscular
- Caroços ou nódulos no corpo
- Entupimento nasal
- Febre e dor nas articulações
- Ressecamento nos olhos
O dermatologista Dr. Hugo Alexandre Lima alerta para as consequências graves caso a hanseníase não seja tratada. “A doença pode levar a deformidades no corpo, como perda de dedos das mãos, endurecimento das articulações, redução da mobilidade nos pés, perda de parte do nariz e até cegueira. Por isso, qualquer pessoa que note manchas dormentes ou outros sintomas deve procurar um dermatologista imediatamente.”
Diagnóstico e tratamento
Para detectar é necessário realizar exames físicos dermatológicos e neurológicos, que avaliam lesões ou áreas da pele com alterações de sensibilidade, comprometimento de nervos periféricos e alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas. Caso a enfermidade não seja tratada, as sequelas podem ser graves.
“O tratamento da hanseníase é realizado nas unidades de saúde do SUS, ou seja, é gratuito e pode levar de 6 a 12 meses. Isso vai depender do estágio da doença, estágio de evolução. A doença, que tem uma forma mais leve, mais inicial, vai ser tratada por apenas seis meses. E aquela forma um pouquinho mais avançada requer 12 meses de tratamento”, explica o dermatologista.
Durante a fase de recuperação, o paciente toma três antibióticos sob a supervisão do profissional de saúde. Posteriormente, continua sendo tratado em casa com a ingestão periódica de dois tipos de antibióticos, seguindo o protocolo até o fim do período de medicação.
Além disso, nos casos considerados mais graves, é recomendada a realização de acompanhamento com fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais nas unidades de saúde. Em situações em que há complicações específicas no tronco nervoso, o ideal é procurar um neurologista.
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