INFLAÇÃO DE JANEIRO NA ARGENTINA É A MENOR DESDE JULHO DE 2020
Já faz alguns anos que ir ao supermercado ou comprar outros produtos do cotidiano virou um pesadelo para os argentinos.
A boa notícia é que o peso do preço dos alimentos está mais leve no bolso da população.

Acumulado de 12 meses também diminuiu

Já faz alguns anos que ir ao supermercado ou comprar outros produtos do cotidiano virou um pesadelo para os argentinos. Com a inflação disparada, o aumento contínuo dos preços tem afetado diretamente o poder de compra da população, que luta para manter a qualidade de vida diante de uma economia instável.
A boa notícia é que o peso do preço dos alimentos está mais leve. Em janeiro de 2025, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Argentina ficou em 2,2%, menor do que o previsto pelos analistas econômicos, que esperavam uma alta mais acentuada.
Essa é a menor taxa mensal desde julho de 2020, quando a inflação foi de 1,9% no país, um período marcado por fortes restrições econômicas devido à pandemia de COVID-19. Comparando com dezembro de 2024, quando a inflação foi de 2,7%, o número de janeiro representa uma desaceleração de 0,5 pontos percentuais.
Apesar do recuo no mês passado e de uma aparente melhora na economia, a inflação ainda é um fantasma na vida dos argentinos. A alta contínua dos preços tem sido impulsionada por diversos fatores, incluindo a depreciação do peso argentino, os altos custos de produção e as tensões políticas internas, que dificultam a implementação de políticas econômicas eficazes.
No acumulado de 12 meses, o índice inflacionário ficou em 84,5%, um número ainda alarmante, mas que representa um certo avanço em relação ao pico da inflação, que ultrapassou 100% em 2023. Embora o número continue alto, essa redução é vista como um sinal positivo, já que por muito tempo a inflação na Argentina manteve-se bem acima de 100%, gerando uma grave crise de custo de vida para a população.
O governo argentino tem adotado uma série de medidas para tentar controlar a inflação, como controles de preços e de câmbio, além de incentivos fiscais e aumento de reservas internacionais. Contudo, os analistas alertam que a inflação deve continuar sendo um desafio para o país nos próximos meses, especialmente com a alta nos preços de energia e alimentos.
Embora a desaceleração da inflação seja vista como um avanço, a situação econômica da Argentina ainda exige reformas estruturais profundas para garantir estabilidade a longo prazo e aliviar o sofrimento de milhões de cidadãos que enfrentam o peso da alta nos preços.
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