INFLAÇÃO DE JANEIRO NA ARGENTINA É A MENOR DESDE JULHO DE 2020

Já faz alguns anos que ir ao supermercado ou comprar outros produtos do cotidiano virou um pesadelo para os argentinos.
A boa notícia é que o peso do preço dos alimentos está mais leve no bolso da população.

MIMI
14/02/2025 ◦ Por: Segismar Júnior

Acumulado de 12 meses também diminuiu




Reprodução: AP Photo/Alex Brandon

Já faz alguns anos que ir ao supermercado ou comprar outros produtos do cotidiano virou um pesadelo para os argentinos. Com a inflação disparada, o aumento contínuo dos preços tem afetado diretamente o poder de compra da população, que luta para manter a qualidade de vida diante de uma economia instável.

A boa notícia é que o peso do preço dos alimentos está mais leve. Em janeiro de 2025, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Argentina ficou em 2,2%, menor do que o previsto pelos analistas econômicos, que esperavam uma alta mais acentuada.

Essa é a menor taxa mensal desde julho de 2020, quando a inflação foi de 1,9% no país, um período marcado por fortes restrições econômicas devido à pandemia de COVID-19. Comparando com dezembro de 2024, quando a inflação foi de 2,7%, o número de janeiro representa uma desaceleração de 0,5 pontos percentuais.

Apesar do recuo no mês passado e de uma aparente melhora na economia, a inflação ainda é um fantasma na vida dos argentinos. A alta contínua dos preços tem sido impulsionada por diversos fatores, incluindo a depreciação do peso argentino, os altos custos de produção e as tensões políticas internas, que dificultam a implementação de políticas econômicas eficazes.

No acumulado de 12 meses, o índice inflacionário ficou em 84,5%, um número ainda alarmante, mas que representa um certo avanço em relação ao pico da inflação, que ultrapassou 100% em 2023. Embora o número continue alto, essa redução é vista como um sinal positivo, já que por muito tempo a inflação na Argentina manteve-se bem acima de 100%, gerando uma grave crise de custo de vida para a população.

O governo argentino tem adotado uma série de medidas para tentar controlar a inflação, como controles de preços e de câmbio, além de incentivos fiscais e aumento de reservas internacionais. Contudo, os analistas alertam que a inflação deve continuar sendo um desafio para o país nos próximos meses, especialmente com a alta nos preços de energia e alimentos.

Embora a desaceleração da inflação seja vista como um avanço, a situação econômica da Argentina ainda exige reformas estruturais profundas para garantir estabilidade a longo prazo e aliviar o sofrimento de milhões de cidadãos que enfrentam o peso da alta nos preços.

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