LULA CONCEDE ASILO POLÍTICO À EX-PRIMEIRA-DAMA DO PERU, CONDENADA POR RECEBER PROPINA DA ODEBRECHT
A ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, desembarcou no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, nesta quarta-feira (16), escoltada pela Polícia Federal. Horas antes, ela havia chegado a Brasília em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), após receber asilo político concedido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Decisão gerou críticas da oposição

A ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, desembarcou no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, nesta quarta-feira (16), escoltada pela Polícia Federal. Horas antes, ela havia chegado a Brasília em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), após receber asilo político concedido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Heredia foi condenada pelo Terceiro Juizado Criminal do Peru a 15 anos de prisão, juntamente com seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, pelo crime de lavagem de dinheiro. Segundo a Promotoria peruana, o casal teria recebido US$ 3 milhões da empreiteira Odebrecht para financiar a campanha presidencial de 2011.
Após a prisão de Humala, Nadine Heredia permaneceu na embaixada brasileira em Lima, onde solicitou asilo político. Após negociações diplomáticas, ela e seu filho mais novo receberam salvo-conduto para deixar o país e viajar ao Brasil.
A Odebrecht atua há muitos anos no Peru e está envolvida em diversos escândalos de corrupção na América Latina. A defesa do casal alega que as prisões foram decretadas de forma indevida e que ambos não deveriam ser detidos.
O ex-juiz da Operação Lava Jato e atual senador, Sergio Moro (UB), criticou o asilo político concedido pelo governo Lula e ressaltou que a ex-primeira-dama é uma condenada pela justiça peruana e não deveria receber asilo, que é concedido em casos de perseguição política.
Nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL) também criticou Lula por conceder “proteção e regalia bancadas com o dinheiro do contribuinte” e lembrou que a condenação de Heredia ocorreu após o escândalo da Operação Lava Jato. Bolsonaro também criticou o uso do avião da FAB para transportar a ex-primeira-dama.
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