MORAES VOLTA A COMETER ERROS DE PORTUGUÊS EM DECISÃO CONTRA BOLSONARO
Essa não foi a primeira vez que publicações ligadas ao caso de Bolsonaro derraparam na gramática

Essa não foi a primeira vez que publicações ligadas ao caso de Bolsonaro derraparam na gramática

O texto da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, surpreendeu não apenas pelo contexto, mas por erros gramaticais. Na página 23 do documento, por exemplo, está escrito: “As condutas de Jair Messias Bolsonaro desrespeitando, deliberadamente, às (sic) decisões proferidas por esta Suprema Corte, demonstra (sic) a necessidade e adequação de medidas…”.
No trecho onde está escrito “às decisões”, o verbo “desrespeitar” é transitivo direto, o que significa que ele não exige preposição. A crase, que é a junção da preposição “a” com o artigo definido “as”, está incorreta. Gramaticalmente, o correto seria “as decisões”, sem crase.
Outro deslize no trecho foi que a frase começou com o sujeito no plural (“As condutas”), porém o verbo principal foi conjugado no singular: “demonstra”. De acordo com a norma culta da Língua Portuguesa, o correto seria a flexão verbal no plural: “demonstram”.
Essa não foi a primeira vez que publicações ligadas ao caso de Bolsonaro derraparam na gramática. Na decisão publicada no fim do mês passado, Moraes escreveu: a JUSTIÇA É CEGA MAIS (sic) NÃO É TOLA. Nesse caso, o equívoco foi confundir “mais” com “mas”.