NOVA REGRA DO INSS: BIOMETRIA SERÁ OBRIGATÓRIA PARA CONSIGNADOS
A partir da próxima sexta-feira, 23 de maio de 2025, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passará a exigir o uso de biometria para liberar empréstimos consignados.

A medida entra em vigor na sexta-feira (23) e vale para aposentados e pensionistas. A biometria deverá ser feita pelo aplicativo Meu INSS

A partir da próxima sexta-feira, 23 de maio de 2025, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passará a exigir o uso de biometria para liberar empréstimos consignados. A medida foi oficializada nesta segunda-feira (19), por meio de despacho publicado no Diário Oficial da União.
Segundo o INSS, o objetivo é fortalecer a segurança dos processos, corrigir falhas operacionais e garantir maior conformidade nas operações. A biometria poderá ser realizada por meio de reconhecimento facial ou leitura de digital, através do aplicativo Meu INSS, com validação nas bases do governo federal.
A decisão ocorre após a deflagração da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF), que investiga um esquema de fraude estimado em até R$ 6,5 bilhões envolvendo sindicatos e outras entidades. As investigações apontam para irregularidades nos descontos de mensalidades associativas diretamente nos benefícios de aposentados e pensionistas.
A nova medida foi assinada por Gilberto Waller Júnior, atual presidente do INSS, que assumiu o cargo após o afastamento de Alessandro Stefanutto. No início de maio, Waller já havia determinado o bloqueio automático dos descontos de consignados em todos os benefícios, independentemente da data de concessão.
Operação Sem Desconto
A operação da PF cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária em 13 estados e no Distrito Federal. A ação foi resultado de investigações iniciadas em 2023 pela Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou um crescimento expressivo na quantidade de entidades com acesso aos benefícios e nos valores descontados dos segurados.
Como parte das apurações, foram realizadas auditorias em 29 entidades com Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com o INSS e entrevistados 1.300 aposentados que tiveram descontos em seus benefícios.
Seis pessoas foram afastadas de suas funções públicas, incluindo o então presidente do INSS, em decorrência das fraudes identificadas.
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