ONU: MAIS DE 72 MIL MIGRANTES MORRERAM OU SUMIRAM DESDE 2014
A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta terça-feira (29) que mais de 72 mil pessoas morreram ou desapareceram em rotas migratórias ao redor do mundo desde 2014.

O trecho mais letal continua sendo o Mediterrâneo Central

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta terça-feira (29) que mais de 72 mil pessoas morreram ou desapareceram em rotas migratórias ao redor do mundo desde 2014. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o ano de 2024 registrou o maior número de mortes de migrantes já contabilizado até hoje, com pelo menos 8.938 vítimas.
O relatório recém-divulgado pela agência da ONU aponta que cerca de 75% dessas mortes e desaparecimentos aconteceram em contextos de fuga de conflitos armados, colapsos econômicos, desastres naturais e outras crises humanitárias. Desde 2014, mais de 52 mil pessoas perderam a vida ao tentar deixar um dos 40 países onde a ONU mantém planos de assistência emergencial.
Além disso, uma em cada quatro vítimas fatais era originária de nações em grave situação humanitária, incluindo milhares de afegãos, sírios e membros da minoria rohingya de Mianmar, que morreram em diversas rotas migratórias pelo mundo.
O trecho mais letal continua sendo o Mediterrâneo Central, onde quase 25 mil pessoas desapareceram nos últimos dez anos — mais de 12 mil delas após saírem da Líbia. O deserto do Saara também é apontado como uma das áreas mais perigosas, com inúmeros migrantes desaparecendo durante a travessia.
Somente em tentativas de saída do Afeganistão, mais de 5 mil mortes foram registradas ao longo da década, especialmente após a retomada do poder pelos talibãs em 2021. No mesmo período, mais de 3.100 rohingyas morreram, muitos deles em naufrágios enquanto tentavam chegar a Bangladesh.
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