PAÍSES PEDEM RETIRADA DA COP30 DE BELÉM POR PREÇOS ABUSIVOS
Em meio ao aumento de tarifas comerciais imposto pelos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil vai defender sua soberania diante das medidas unilaterais anunciadas pelo governo norte-americano. A declaração foi a poucas horas antes do início da nova taxação de 50% sobre produtos brasileiros, que exclui cerca de 700 itens da lista de exceções.

Preço da hospedagem pode custar até 15 vezes mais
Altos preços de hotéis e pousadas em Belém, sede da COP30 marcada para novembro de 2025, têm gerado preocupação entre representantes internacionais, especialmente de países em desenvolvimento, que afirmam não conseguir arcar com os custos para participar do evento.
O presidente da conferência, embaixador André Corrêa do Lago, revelou em encontro com correspondentes estrangeiros que as diárias chegam a ser até 15 vezes maiores do que o normal, causando mal-estar diplomático e motivando pedidos formais para transferência da cúpula para outra cidade.
A COP30 será a primeira conferência climática da ONU realizada na Amazônia, com a expectativa de reunir líderes de mais de 190 países. Apesar dos preparativos em Belém, o impasse sobre os preços da hospedagem ainda não foi resolvido.
O governo do Pará afirmou que busca soluções para o problema, mas ainda não há garantias de tarifas mais acessíveis na rede hoteleira da capital.
Além dos custos, a cidade enfrenta desafios logísticos para acomodar o número esperado de participantes. Com aproximadamente 18 mil leitos disponíveis, a oferta é insuficiente para atender cerca de 45 mil visitantes estimados para a conferência, segundo dados oficiais. Para tentar suprir essa demanda, estão sendo consideradas alternativas como a contratação de cruzeiros com acomodações temporárias e a negociação de tarifas fixas para delegações de países em desenvolvimento.
Representantes de organizações ambientais e movimentos sociais também destacam a importância da COP30 para a agenda climática global, principalmente por ocorrer na região amazônica, símbolo das discussões sobre desmatamento e preservação ambiental. No entanto, alertam que o sucesso do evento depende da inclusão efetiva de todos os países, especialmente os mais vulneráveis economicamente.
Enquanto isso, hotéis e pousadas de Belém defendem os valores cobrados, alegando que os custos refletem a alta demanda e os investimentos feitos para receber o evento. A expectativa é que nos próximos meses haja um acordo que contemple tanto as necessidades dos participantes quanto a sustentabilidade econômica da rede hoteleira local.
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