SUS VAI OFERECER DOIS NOVOS TRATAMENTOS PARA ENDOMETRIOSE
O Ministério da Saúde anunciou que o Sistema Único de Saúde (SUS) vai disponibilizar, ainda em 2025, dois novos tratamentos hormonais para a endometriose: o DIU com levonorgestrel (DIU-LNG) e o medicamento desogestrel

Condição que afeta de 5% a 15% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva

O Ministério da Saúde anunciou que o Sistema Único de Saúde (SUS) vai disponibilizar, ainda em 2025, dois novos tratamentos hormonais para a endometriose: o DIU com levonorgestrel (DIU-LNG) e o medicamento desogestrel.
A endometriose é uma doença crônica em que um tecido semelhante ao que reveste o útero cresce fora dele, em órgãos como ovários, intestino, bexiga e até pulmões. Esse tecido reage ao ciclo menstrual, mas, por não ter saída, provoca dor e inflamação.
Os sintomas mais comuns são cólicas intensas, dor pélvica constante, desconforto durante as relações sexuais, dificuldade para engravidar e alterações intestinais ou urinárias que se repetem mensalmente. Entre 5% e 15% das mulheres em idade fértil são afetadas pela doença, segundo o Ministério da Saúde.
As portarias que autorizam a inclusão dos medicamentos foram publicadas em maio. A partir daí, o SUS tem até 180 dias para começar a distribuir os tratamentos gratuitamente.
O DIU-LNG controla o crescimento do tecido endometrial fora do útero e precisa ser trocado a cada cinco anos. É indicado para mulheres que não podem usar pílulas anticoncepcionais combinadas. Já o desogestrel é um anticoncepcional que inibe a ovulação e reduz as dores da endometriose, podendo ser usado mesmo antes da confirmação do diagnóstico.
“Mais do que inovação, estamos garantindo um cuidado eficaz para milhares de mulheres que convivem com a dor da endometriose. É um avanço importante para o SUS”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Além desses novos tratamentos, o SUS já oferece terapias hormonais tradicionais e cirurgias, como videolaparoscopia, laparotomia e, em casos específicos, histerectomia.