ULTRAPROCESSADOS AUMENTAM EM QUASE 60% RISCO DE DEPRESSÃO PERSISTENTE

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, apontou que o alto consumo de alimentos ultraprocessados pode elevar em 58% o risco de depressão persistente, caracterizada por episódios recorrentes ou prolongados ao longo dos anos.

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25/02/2025 ◦ Por: Marcos Nazone




Foram utilizados dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto

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Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, apontou que o alto consumo de alimentos ultraprocessados pode elevar em 58% o risco de depressão persistente, caracterizada por episódios recorrentes ou prolongados ao longo dos anos.

A pesquisa utilizou dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), que monitora a saúde de servidores públicos de Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória desde 2008. Os participantes foram divididos em grupos de acordo com a porcentagem de calorias diárias provenientes de ultraprocessados: um grupo consumia entre 0% e 19%, enquanto o outro variava entre 34% e 72%.

Os resultados indicaram que aqueles que ingeriam mais ultraprocessados no início do estudo apresentaram um risco 30% maior de desenvolver o primeiro episódio de depressão ao longo dos oito anos seguintes. Um dos fatores associados à relação entre dieta e saúde mental é a ausência de nutrientes essenciais nesses alimentos.

Por outro lado, simulações apontaram que substituir 5% do consumo diário de ultraprocessados por alimentos minimamente processados pode reduzir em 6% o risco de depressão. Uma redução de 20% no consumo, com a adoção de uma dieta mais natural, pode diminuir essa probabilidade para 22%.

Os ultraprocessados passam por diversas etapas de industrialização e contêm aditivos como conservantes, corantes e aromatizantes artificiais, o que pode impactar negativamente a saúde quando consumidos em excesso.

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