UNICEF ALERTA: CRIANÇAS E ADOLESCENTES SÃO IMPACTADOS PELAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) emitiu, nesta segunda-feira, 23, um alerta sobre os efeitos prolongados e intensos das mudanças climáticas em crianças e adolescentes.

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UNICEF/BRZ/ Alecio Cezar
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) emitiu, nesta segunda-feira, 23, um alerta sobre os efeitos prolongados e intensos das mudanças climáticas em crianças e adolescentes. A organização destacou a importância de medidas voltadas à resiliência climática e pediu que prefeitos eleitos nos próximos mandatos invistam na garantia dos direitos de crianças e adolescentes. No Brasil, estima-se que 33 milhões de jovens enfrentam o dobro de dias extremamente quentes em comparação com seus avós.
Segundo a UNICEF, crianças são particularmente vulneráveis a ondas de calor, enchentes, secas, fumaça de queimadas e outros eventos climáticos extremos. O estresse térmico causado pelo calor intenso ameaça a saúde e o bem-estar infantil, além de contribuir para a desnutrição e a proliferação de doenças não transmissíveis. Isso as torna mais suscetíveis a infecções que se propagam em altas temperaturas, como malária e dengue.
A análise aponta, também, para o aumento das ondas de calor. Nesse caso, trata-se de períodos de três dias ou mais em que a temperatura máxima está mais de 10% maior do que a média local. No Brasil, 31,5 milhões das crianças do país enfrentam duas vezes mais ondas de calor do que seus avós.
Danilo Moura, especialista em mudanças climáticas do UNICEF no Brasil, ressaltou que os perigos relacionados ao clima afetam diretamente a segurança alimentar e hídrica, além de exporem crianças a contaminações do ar, solo e água. A infraestrutura também é comprometida, interrompendo serviços essenciais, como a educação, e agravando deslocamentos forçados.
Diante dessas consequências, a UNICEF fez um apelo para que candidatos às prefeituras priorizem a preparação das cidades para enfrentar as mudanças climáticas, com foco especial na proteção de crianças e adolescentes, que são vulneráveis aos impactos ambientais.