Andréia Nikely
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, se recusou a comparecer ao jantar promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com magistrados da Corte, realizado na noite desta quinta-feira (31), no Palácio da Alvorada.
Durante o encontro, o grupo discutiu uma possível reação à aplicação da Lei Magnitsky pelo governo dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes. A legislação americana prevê sanções financeiras a estrangeiros envolvidos em corrupção, violações de direitos humanos e terrorismo, sendo aplicada comumente a ditadores, traficantes e outros alvos considerados de alta periculosidade.
André Mendonça foi indicado ao STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tomou posse em dezembro de 2021. Antes disso, ocupou os cargos de ministro da Justiça e advogado-geral da União durante o governo Bolsonaro.
De perfil discreto, Mendonça é visto como um contraponto a Moraes dentro do tribunal, especialmente nos processos relacionados aos atos de 8 de Janeiro. Em plenário, já defendeu penas mais brandas e que os casos fossem julgados em outras instâncias, mas foi voto vencido.
O jantar contou com a presença do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e dos ministros Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.
Também participaram o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o advogado-geral da União, Jorge Messias.
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